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The Exploited + Agrotóxico + Busscops

The Exploited + Agrotóxico + Busscops
(Inferno Club/SP – 14/11/2009)

Texto por Deise Santos
Fotos por Flávio El Loco

 

A invasão punk continua. Depois da passagem de Sham 69 e GBH, agora foi a vez da lendária banda The Exploited tocar em São Paulo. A tríade Ataque FrontalSick Mind e Inferno Club vem dando certo e a prova disso foi o show dos ingleses da banda The Exploited. Tudo bem que poderiam ser dois dias de show, com casa lotada com toda certeza, mas ok, os ingressos esgotados transformaram o numero 501 da Rua Augusta num inferno, literalmente. Por conta de atrasos na passagem de som, o show começou um pouco depois do horário marcado. Nada que desanimasse o público que prestigiou o evento desde o início, presenciando um show brutal do trio Busscops. O som visceral do trio chamou a atenção de quem já estava dentro da casa e a oportunidade de tocar para um público tão variado e numa noite tão memorável, com certeza, abrirá portas pra essa banda paulistana de punk e hardcore, que tocou sons do split recém-lançado com os norte-amercianos da banda Defect Defect.
Na sequência, a banda Agrotóxico invadiu o palco e deu o tom de como seria o resto da noite: brutalidade e energia sem limites. No set list, músicas do álbum Libertação, como “Eles não vão parar”“Fim do Mundo” – que teve a participação do Makon (Lobotomia) -, “Ateus em Trincheiras”, além de “G7”“Crime Ambiental Corporativo”“À Beira do Caos” e “Marcas da Revolta”. A banda estava empolgada, interagindo com o público, que entrou no espírito da festa e devolveu em forma de rodas de pogo agradecimento à banda. E, para consagrar a noite e presentear o público, a banda levou covers da banda Olho Seco, entre elas “Sinto”. Motivo para comentários e sorrisos de satisfação de quem presenciou um dos shows mais brutais que essa banda já fez na capital paulista. Pausa para se hidratar e tomar um ar.
A essa altura a casa já comportava mais de 700 pessoas e logo subiram ao palco os quatro conterrâneos da rainha. Depois de uma “checada” no microfone feita por Wattie, batendo com ele em sua própria cabeça, o Inferno foi ali! “Start a war” abriu o show e o público respondeu à altura, pogo e coros deram o tom da noite. A sequência de músicas clássicas da trajetória da banda seguia com energia e brutalidade, enquanto alguns se preocupavam em se divertir de outra forma – partindo pra agressão – e muitos procuravam o carimbo de fumante – mesmo não sendo – para poder pegar um ar na Rua Augusta e, assim, conseguir ver mais um pedaço do show. Entre os sons “UK 82”“Fuck the System”“Beat the Bastards” e “Sex and Violence”. Foi um show para entrar para a história com banda e público em sintonia. E nessa noite ficou comprovado e aqui registrado, mesmo correndo o risco de se cair na mesmice: Punk’s not dead!

Deise Santos
Carioca, jornalista, produtora cultural, baixista e guia de turismo. Deise Santos é apaixonada por música - principalmente rock e suas vertentes -, literatura, fotografia, cinema, além de colecionadora - contida - de vinis. Pé no chão e cabeça nas nuvens definem a inquietude de quem está sempre querendo viajar, conhecer pessoas e culturas diferentes. Idealizadora do Revoluta desde seus ensaios com zines, blogs e informativos, a jornalista tem como característica a persistência em projetos que resolve abraçar.
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