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The Cranberries no Rio de Janeiro

The Cranberries
(Citibank Hall/RJ – 28/01/2010)

Em uma noite de clima surpreendente e de total sintonia entre banda e publico, os irlandeses do The Cranberries realizaram seu primeiro show em terras brasileiras e deixou o público presente no Citybank Hall extasiado.
A Promessa da Salvação de um Sonho esperado!

Texto e Fotos: Michael Meneses!*

Com o show previsto para as 21:30 e sem muito atraso, Fergal Lawler (bateria), os irmãos Noel Hogan (guitarra) e Mike Hogan (baixo), Denny DeMarchi (músico de apoio) e entrando por último, Dolores O’Riordan (vocal), The Cranberries surge no palco ao som de “How”. E, ao final da primeira musica o povo pedia pelo hit “Promises” que inicialmente não estava previsto no set. Aos poucos a banda vai se soltando no palco e a fase inicial da apresentação segue com “Animal Instinct”“Linger” canção pra fã da Angélica nenhum colocar defeito, já que a cantora e apresentadora fez uma versão para essa musica em Português, ou você vai dizer que já esqueceu?!?!
A decoração do palco era bem básica, mas funcionava, contendo um pano de fundo que fazia as paredes do palco parecer um imenso paredão de rocha maciça e quando esse tecido se fundia aos efeitos de luz ofereciam ao publico do fundão uma visão muito bonita do palco, chegando mesmo a dizer que a visão era algo um tanto poética.
Já com a platéia em perfeita harmonia, a banda seguiu distribuindo seu set de sucessos que embalaram e fizeram história de milhares de adolescentes na década de 90 e inicio de 00, alias foram esses “adolescentes” que marcaram presença no show, pois grande parte do publico presente nesse show era composto por pessoas na casa dos 30, ou seja, pela geração cara pintada, pela galera que vestiu roupa de flanela aderindo à moda grunge da época, pelos jovens que assistiam vídeo-clipes na, então recém-criada, MTV-Brasil.
Mesmo que o microfone tenha apresentado algumas falhas no inicio do show ameaçando não ajudar, isso não foi problema para Dolores O’Riordan que desfilava pelo palco com uma voz elegante e dançava num ritmo envolvente com sua blusa de anjo. E como já dizia Milton Nascimento “Todo artista tem de ir aonde o povo está” sendo assim, já lá pela metade do show quando o palco se tornou pequeno, Dolores desceu do palco para cantar junto à turma do gargarejo que em ritmo de festa jogava confetes e serpetinas no palco, ao ponto de fazer com que Dolores fizesse dessas serpentinas alegorias para sua performance ao final do show.
Já o músico Fergal Lawler sempre que preciso espancava com carinho e técnica sua bateria, enquanto Noel Hogan tinha uma pegada forte com sua guitarra e mesmo sem correr muito era, seguramente, o musico que mais se movimentava no palco atrás apenas de Dolores.
Em alguns momentos como na canção “Salvation” a sintonia do publico era total com todos cantando com euforia, mas foi já no bis durante a execução de “Promises” o momento que todos esperavam, momento que alias não existiria, pois por pouco essa musica não fez parte do set o que provocaria frustração a todos, afinal no set list para uso da banda no palco a música não seria tocada mas, como já foi dito, desde o inicio do show o publico presente pedia com fervor por “Promises”, e coube à banda retribuir ao carinho dos presentes.
Ao som de “Dreams” o Cranberries fecha o bis, finalizando assim sua primeira apresentação no Brasil e realizando o “Sonho” de muitos de uma geração que esperou anos pela ocasião e que compartilhou do inicio ao fim do show com a banda, cantando, dançando e eternizando aquele momento.

Set list:
1- How
2- Animal Instinct
3- Linger
4- Ordinary Day
5- Wanted
6- You & Me
7- Dreaming My Dreams
8- When You’re Gone
9- Daffodil Lament
10- I Can’t Be With You
11- Pretty
12- Ode To My Family
13- Free To Decide
14- Waltzing Back
15- Switch Off The Moment
16- Salvation
17- Ridiculous Thoughts
18- Zombie
Bis 
19- Empty
20- The Journey
21- Promises
22- Dreams
*Michael Meneses! – É carioca do subúrbio, fotojornalista, vegetariano, torcedor do Campo GrandeA.C. no Rio, do Itabaiana/SE no Brasil e do Flamengo no mundo. Criador do selo cultural Parayba Records!

Deise Santos
Carioca, jornalista, produtora cultural, baixista e guia de turismo. Deise Santos é apaixonada por música - principalmente rock e suas vertentes -, literatura, fotografia, cinema, além de colecionadora - contida - de vinis. Pé no chão e cabeça nas nuvens definem a inquietude de quem está sempre querendo viajar, conhecer pessoas e culturas diferentes. Idealizadora do Revoluta desde seus ensaios com zines, blogs e informativos, a jornalista tem como característica a persistência em projetos que resolve abraçar.
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