You are here
Home > Räskuño > Psycho Carnival 2011 – 3º dia

Psycho Carnival 2011 – 3º dia

Psycho Carnival – 3º dia
(Moinho Eventos/Curitiba – 07/03/2011)

Texto por Deise Santos
Fotos por Denise Silva e Crixxx

Psycho Carnival chegou ao último dia e nem a temperatura mais baixa do que nos outros dias desanimou o público, que inclusive aumentou.
Casa lotada desde cedo e, para abrir a noite subiu ao palco os paulistas da banda Degolados. Estreantes no festival, o quarteto apesar do nervosismo aparente fez uma boa apresentação e contou com o apoio do público. No repertório músicas do cotidiano (ou seria noitada paulista?), entre elas “Subindo a Augusta” e “Rainha da esbórnia”.
Na sequência, Annie e The Malagueta Boys invadiram o palco. Vestidos de malandros, camisetas listradas e chapéu de bamba, os meninos-pimenta deram o tom para Annie comandar nos vocais e despejar um rockabilly de qualidade, com pitadas de brasilidade em versões de “Aquarela do Brasil” e “Brasileirinho”, que deu uma bela relaxada no público e agradou em cheio.
A seguir foram os norte-americanos da banda The Ghost Storys que subiram ao palco. A banda faz um psycho puxado para o eletrônico, mas agradou ao público. O baixista, pintado de prateado e topete colorido, foi o destaque da banda, com slaps que comandavam a cada música executada.
Pausa para descansar e conferir mais uma vez as bancas de merchandising das bandas e das lojas que expuseram no festival.
Mais uma vez o burlesco da Psychogirl invadiu o palco e relaxou o público para a última sequência de bandas do festival.
The Howlers subiu ao palco e deu um pouco mais de velocidade e peso ao ambiente, o som, muito puxado para o hardcore agradou boa parte do público, entre as músicas “Follow the Wolf” e “Her dark Veils”.
A banda que invadiu o palco a seguir entrou com o jogo ganho. Tocando em casa, As Diabatz fizeram um show impecável, apesar de duas pausas técnicas – uma para ajeitar a correia da guitarra que soltou e outra para trocar a corda da guitarra que arrebentou – que não atrapalhou em nada o andamento do show. A influência de “The Meteors” foi confirmada com uma cover da banda executada pelas meninas. Fora isso, elas tocaram músicas de sua demo e do CD Riding Throught the Devil’s Hil, preparando o público para o fechamento do festival.

Pausa para preparar o palco e sobe ao palco o power trio Nekromantix. Sem muita conversa, Nekroman dispara “Gargoyles over Copenhagen” e o público fica extasiado. Difícil definir a sensação de ver uma banda como a Nekromantix no palco. A banda colocou o Moinho Eventos abaixo. A expectativa era grande para ver Nekorman – o único integrante da formação original da banda –, mas muitos estavam mesmo apreensivos para ver a nova baterista, Lux.
E quem tinha dúvidas de que a baterista comandava com maestria as baquetas da Nekromantix, se surpreendeu, a baterista foi um show a parte. Já Nekroman trouxe seu inconfundível baixo em forma de caixão e garantiu ao público perfomances inesquecíveis, seja tocando sentado no baixo ou revezando a mão esquerda de um lado e outro do braço do baixo. E assim os clássicos foram sendo tocados um atrás do outro, “Nice day for a ressurection”, “Subcultural Girl”“Nekrofelia” e “Alice in Psycholand” estavam no set list e, para fechar com chave de ouro, “Motorpyscho” foi o som de despedida da banda e do festival.
Vale destacar a organização do evento. Ficou claro que a equipe de produção trabalhou arduamente para que o festival fosse impecável. Dificilmente havia filas, seja para entrar no festival, ir ao banheiro ou para comprar bebidas e comidas. Os únicos locais em que disputava um espaço eram na frente do palco ou nos stands montados no festival.
Que ano que vem chegue logo com uma folia mais barulhenta ainda.

 

Deise Santos
Carioca, jornalista, produtora cultural, baixista e guia de turismo. Deise Santos é apaixonada por música - principalmente rock e suas vertentes -, literatura, fotografia, cinema, além de colecionadora - contida - de vinis. Pé no chão e cabeça nas nuvens definem a inquietude de quem está sempre querendo viajar, conhecer pessoas e culturas diferentes. Idealizadora do Revoluta desde seus ensaios com zines, blogs e informativos, a jornalista tem como característica a persistência em projetos que resolve abraçar.
Top