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Psycho Carnival 2013 – Esquenta

Psycho Carnival 2013 – Festa do Esquenta
(Espaço Cult – Curitiba – 08/02/2013)

Por Deise Santos

Como já virou tradição, a sexta-feira de carnaval é o “dia do esquenta” do Psycho Carnival, festival que acontece em Curitiba há 14 anos e reúne bandas e público de diversas partes do mundo. A festa, com tom de boas vindas para os rockers que chegam de outras cidades, estados e países, além dos curitibanos que optam por curtir o carnaval de uma forma alternativa, começou com um pouco de atraso, mas isso não tirou o ânimo de quem resolveu sair na noite relativamente gelada da cidade modelo para prestigiar a festa, no Espaço Cult.
A noite foi aberta pela banda Movie Star Trash, trio que faz um surf music instrumental, que fez um set curto para que o cronograma da noite não fosse muito comprometido. Set curto, mas suficiente para causar uma ótima impressão no público que foi chegando aos poucos.

Na sequência subiu a CWBILLYS, banda já conhecida do público, que fez um show contagiante. No set, músicas conhecidas como “Zumbilly”, “Cavaleiro do Inferno” e “Garoto Problema”, além de inéditas que estarão no novo CD, lançado do festival pela Zombie Union.
Em seguida, Mistery Trio chegou para impactar com seu violão, guitarra e o contrabaixo acústico. Rockabilly de primeira, no qual a ausência de bateria na formação da banda não deixa a desejar, pelo contrário, isso só faz o som e o show serem mais energéticos e empolgantes. Entre sons mais suaves e outros mais acelerados, alguns casais resolveram tomar a pista e dançarem ao som do rockabilly misterioso desse trio. Set curto com a sensação de que faltaram alguns sons.
A banda The Brown Vampire Catz chegou no palco com o jogo ganho, o público já estava mais integrado e a frequência com que o trio toca nos festivais de psychobilly aproxima muito a banda do público.  Alguns problemas técnicos comprometeram parte da apresentação, mas nada que tirasse o gás do vocalista Preto Aranha, que conseguiu contagiar o público. Entre os sons, “Waiting for blood”, “Funeral Day” e “Night Killer”.
Pausa para visitar o bazar que fica num anexo do Espaço Cult e aguardar o palco ser preparado para receber a Hillbilly Hawhide. A banda, que está completando dez anos de estrada, preparando um novo álbum e arrumando as malas para uma tour pela Europa, subiu e fez um show impecável. As apresentações da Hillbilly Hawhide tem a característica de integrar banda e público completamente. Difícil ver alguém parado, enquanto Mutant Cox e sua turma comando a festa. Entre as músicas “Cavaleiros da Morte”, “Ferrovia centro oeste”, “Fugindo com a pacotera” e “Drunk and Crazy”, e nessa última, o público engrossou o coro no refrão e a festa ficou bonita.
Hora da última banda subir ao palco e após uma longa pausa, que fez algumas pessoas irem embora, eis que sobe ao palco a banda The Monsters. Formada na suíça, a banda chegou para despertar os mortos-vivos que resistiram à primeira noite do festival. Aos fortes um presente: um show ES-PE-TA-CU-LAR. Imagine ter dois bateristas no palco, utilizando o mesmo bumbo e tocando um de frente para o outro, acompanhados de uma guitarra inquietante e um contrabaixo de linhas fortes. Assim é a The Monsters ao vivo. Garage punk e psychobilly misturados na medida certa para contagiar e deixar o público sem fôlego. Entre as músicas, “I Want you” e “Fuck my brain”, entre outras. Para quem perdeu a festa do esquenta, hoje o festival continua e o frontman da banda The Monsters, Reverend Beat-Man voltará ao palco do festival neste sábado para se apresentar com seu projeto solo.
Fim do esquenta na madrugada gelada de Curitiba, hora dos zumbis voltarem para suas tumbas e aguardar mais uma noite de muito psycho e rockabilly.

Deise Santos
Carioca, jornalista, produtora cultural, baixista e guia de turismo. Deise Santos é apaixonada por música - principalmente rock e suas vertentes -, literatura, fotografia, cinema, além de colecionadora - contida - de vinis. Pé no chão e cabeça nas nuvens definem a inquietude de quem está sempre querendo viajar, conhecer pessoas e culturas diferentes. Idealizadora do Revoluta desde seus ensaios com zines, blogs e informativos, a jornalista tem como característica a persistência em projetos que resolve abraçar.
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