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Johnny Monster: “Solstício de Inverno Reloaded” e outras novidades

Crédito da fotografia: André Marothy

Respeitado nome do underground paulistano, Johnny Monster lançará a reedição de seu primeiro disco, mas as novidades não param por aí.
Pode-se dizer que Johnny Monster já é um veterano da cena underground paulistana. Ele, que estudou percussão com o famoso Mestre Dinho Gonçalves, ainda muito jovem. Depois, passou por diversas bandas.
Foi baixista e vocalista da Rip Monsters durante 8 anos. Com eles, lançou um total de 4 discos.
Também integrou a banda Daniel Belleza e os Corações em Fúria, com a qual gravou 3 álbuns e tocou em festivais importantes – como o Lollapalooza Brasil 2012.
Foi em 2009 que Johnny estreou sua carreira solo. Seu primeiro álbum foi “Solstício de Inverno”, ainda naquele ano. Em 2014, lançou o EP “Plaine de Mongolie” (2014).
Já em 2019, agraciou os fãs com o disco “Canções do Desapego”, pelo selo ForMusic e com produção de Michel Kuaker. O lançamento contou com uma apresentação especial no Estúdio Aurora, que recebeu uma gravação ao vivo – “Live Aurora”.
Já em 2020, Johnny resgatou elementos de suas raízes, flertando com a nostalgia no EP “Abrigo Em Fase De Construção”, outra parceria com a ForMusic e produzido por Paulo Grassia.
Como novidades, ele também anunciou “Solstício de Inverno Reloaded”, relançamento do seu primeiro álbum solo, com faixas e identidade visual reinventadas. Desde o anúncio foram lançados singles que já dão o tom de como será essa reedição. E é justamente sobre isso o que Johnny conta para a redação do Portal Revoluta.

Entrevista por Willian Schütz

Muito obrigado pela entrevista, Johnny! Para começar, conte um pouco como está sendo essa sua fase da carreira, cheia de novidades e rememórias.
Olá Portal Revoluta, é um imenso prazer falar com vocês! Essa fase tem sido muito intensa: vim de um lançamento no primeiro semestre, do EP “Abrigo Em Fase De Construção”, que já está nas plataformas digitais, e logo emendei a campanha do “Solstício de Inverno Reloaded” – onde foi realmente incrível e surpreendente revisitar esse meu primeiro álbum, que será relançado agora em dezembro, com vários bônus, nova tracklist, nova capa também. Já temos três singles lançados nos streamings dessa reedição.

De que forma surgiu a ideia de reeditar o seu primeiro álbum?
A ideia a princípio era apenas relançá-lo, como ele era… mas reescutando o álbum, percebi que tinha deixado de fora grandes faixas, como “O Sol“, ” O Tempo Não Erra Jamais“, etc. Então resolvi colocá-las no disco. Com isso, a ordem já não podia ser a mesma que era, portanto acabou virando praticamente um novo trabalho. Por fim, pensei em mudar a capa também, parecia o correto a se fazer, com todas as mudanças.

Já pode anunciar a data oficial do lançamento do “Solstício de Inverno Reloaded”?
Sim, claro, dia 18 de dezembro, mesmo dia do meu aniversário (risos). Estará em todas as plataformas de streaming via ForMusic.

Quando começou o processo de (re)produção desse material? Como está sendo este processo? A que pé estão?
Foi bem interessante resgatar o material, tive que procurar esses B Sides, e remasterizá-los. Isso foi no final do ano passado. Também fiz uma nova sessão de fotos pras capas com o mesmo fotógrafo da primeira edição. Agora está tudo pronto, só falta sair. Temos mais um single em Novembro, “Sonho Profundo”, e em dezembro o disco.

Você vem revisitando os seus primeiros trabalhos solo. Mas certamente houve muita evolução de lá para cá. Além da experiência, o que mudou de lá para cá, como compositor?
Sem dúvida muita coisa mudou. Creio que estou muito mais confiante hoje em relação ao meu trabalho e minhas composições. Compor, além da inspiração, é um exercício diário, e realmente sinto uma evolução em todo esse tempo. Mas, os temas, os sentimentos, minhas visões e aspirações permanecem meio as mesmas, infelizmente o mundo não mudou muito de 2009 pra cá, pelo contrário, piorou bastante em diversos aspectos.

Algumas músicas ficaram de fora da primeira versão do álbum “Solstício de Inverno”. “A Estrada” e  “O Tempo Não Erra Jamais”, seu mais recente single são algumas delas. Quantas canções ficaram guardadas no baú? 
Cinco canções foram resgatadas pro lançamento, “A Estrada”, “O Sol”, “O Tempo Não Erra Jamais”, Sonho Profundo” e “Amigos e Ilusões“.

Aproveitando esse gancho, quantas faixas irão compor a tracklist desta reedição?
Serão ao todo 16 faixas.

Capa por Rodrigo Akiti

“O Tempo Não Erra Jamais”, além de tudo, é o 7° single deste ano. Como está sendo esse processo de produção frenético?
Insano (risos). Mas muito bonito também – libertador! Com a pandemia, tinha dois caminhos pra seguir: ou dava uma sumida, ou ia para o ataque, lutar, investir mais e mais na minha carreira. Optei pela segunda, felizmente!

E como está sendo a parceria com a ForMusic?
Perfeita. Me ajudam muito, na assessoria de imprensa, rádio, upload dos trabalhos, e outras coisas. São amigos, ultra profissionais e é uma honra estar com eles.

Para o “Solstício de Inverno Reloaded” houveram muitas regravações das canções antigas, ou a mudança principal foi na produção, em estúdio?
Não houveram regravações. Não foi necessário, pois estava tudo bacana, soando bem, fresco. O que fizemos foi mais um trabalho de remasterização.

Nesta reedição, alguma letra teve versos ou estrofes alteradas, ou manteve tudo no original? Se fosse mudar algo em alguma das letras, o que mudaria?
Também não foram alteradas. Eu não mudaria, com toda sinceridade, nem uma palavra nelas. Ao escutarem, verão que estão assustadoramente atuais, o que de certa maneira me deixa lisonjeado, mas triste também, pois as coisas não mudam.

Então os temas abordados em “Solstício de Inverno” ainda são emergentes na sua mente?
Absolutamente. Minha visão crítica do mundo, das relações, como vejo e sinto a vida, meus questionamentos… estão todos lá. Creio que venho aperfeiçoando os temas, com o tempo, mas a essência já estava lá.

Para essa reedição, planeja fazer lançamento de alguma mídia física?
Não creio que haja, pois hoje praticamente não vale a pena fazer o físico, principalmente um artista como eu, solo, onde arco com todo o processo do álbum. Fica difícil sobrar para fazer um vinil… algo que eu adoraria.

Foto por André Marothy

Depois do lançamento do “reloaded”, quais os planos?
Estou gravando dois novos discos simultaneamente nesse momento, um com uma pegada mais 60’s, 70’s, e outro mais folk/country, e pretendo começar a lançar algo novo já em fevereiro de 2021. Aí vem clipes, etc… toda divulgação feita juntamente com a ForMusic. E bem, as lives, tenho feito dezenas delas esse ano, e acho que continuarão, independentemente da volta dos espetáculos.

E fica livre o espaço para um recado final! Agradecemos novamente pela entrevista. Muito sucesso!
Agradeço demais o espaço aqui! Acompanhem meu trabalho nas mídias, pois sempre sai coisa nova, e no meu Instagram @monster.johnny, na bio, está um link com todas as minhas redes sociais – me sigam por lá! E fiquemos fortes, seguros e com a cabeça e espírito elevados, já que precisaremos muito deles para seguir. Valeu!

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Willian Schütz
Willian Schütz é poeta e contista - autor dos livros "Insânia Mundana" e "Saudades do que não foi e voltará". Formando em Jornalismo, atualmente colabora no site Guia Floripa, na Assessoria de Imprensa da Fundação Cultural Badesc e no Portal CLG. Já passou pelo IFSC e pela SST. Além disso, é cineclubista de carteirinha e acompanha de perto a cena musical alternativa de Florianópolis.
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