Blaze Bayley dá o pontapé inicial nos shows de peso no Rio em 2009 Räskuño by Deise Santos - março 6, 2009janeiro 20, 20180 Blaze Bayley (Circo Voador – 19/01/2009) Na véspera de feriado do padroeiro da cidade do Rio de Janeiro, o palco do Circo Voador recebeu o Ex-Iron Maiden Blaze Bayley, que fez um show onde o metal foi bom até o osso, sem ficar se prendendo a sua antiga banda. Vale lembrar que enquanto o velho Circo teve Blaze Bayley, não muito longe dali a Praça da Apoteose recebia Elton John e com isso a temporada de shows internacionais da cidade maravilhosa foi abençoada pelo “Rocket-Man” do pop e “Robot” do Heavy. Por Michael Meneses! (texto e fotos)* Colaborou: Jon Dacyony Aquela não era a primeira vez em que um ex-vocal do Iron se apresentava no Circo Voador, alguns anos antes a bola da vez foi o Paul D’Anno, porém, existe a diferença entre os shows dessas vozes de “ferro”: Paul D’Anno se prende ao passado e não dá a mínima aos seus trabalhos solos. Seu esquema é ser um eterno “Iron Cover”, enquanto Blaze Bayley respeita sua fase na maior banda de metal de todos os tempos, com o diferencial de priorizar sua carreira solo. Antes do show do Blaze duas bandas cariocas realizaram a abertura, o que deixou a pergunta: Quais os critérios para a seleção de tais bandas? Ambas deixaram a desejar, sobretudo por ser um show internacional. O Rio de Janeiro tem ótimas bandas que fariam bonito num show desse porte. Statik Majik, Panacear, Vox Mortem, Prophecy… São só algumas bandas de metal e afins e se o leque fosse estendido a outros estilos do rock as opções cariocas são infinitas. Holy Cross foi a primeira. Percebia força de vontade da banda em apresentar um heavy-tradicional, mas faltava um pouco de entrosamento. Septerra é a seguinte e mostrou certa evolução se comparada à primeira, mas nada que justificasse sua presença no evento. Tanto o Holy Cross como Septerra têm futuro, e devem engrandecer o cenário carioca em breve. Antes é preciso mais vivência e experiência no difícil mundo do rock para ambas! Um erro delas foi tocar covers do Iron Maiden em seus sets. As versões ficaram a desejar, e isso sem falar que fazer cover da ex-banda do cara, mesmo sendo musicas da fase Bruce Dickinson, não é algo original. Passado os shows de abertura, já era clara a certeza que o Circo Voador teria um público abaixo do esperado, pois infelizmente o público metal no Rio não é um santo padroeiro, e o resultado foi que o esforço da produção em fazer esse show na cidade não foi reconhecido e o Circo Voador teve um vergonhoso público. Contudo, algumas figuras carimbadas da cena carioca marcaram presença. Por outro lado quem não foi perdeu, e perdeu feio, pois o heavy apresentado por Blaze Bayley foi de “Kill And Destroy” de tão bom! Blaze agora está mais livre no palco, o mesmo não carrega o peso de ser vocal do Iron, substituindo a voz de Bruce Dickinson. Em carreira solo Braze Bayley canta, corre, agita e conquista o público com sua própria “Identity”. Méritos também para a banda que acompanha. Sim! Músicas da sua fase no Maiden se fazem presentes em seu set, mas nada que o faça ficar vivendo de passado. Hoje ele faz sua própria historia. O show chegou ao seu fim lá pelas 3 horas da madrugada. Foram cerca de duas horas de heavy-metal sem aditivos ao estilo, no máximo uma ou outra pegada mais thash-metal e quem foi ao Circo Voador presenciou a performance de uma voz que no momento escreve sua segunda história dentro do Heavy Metal mundial. * Michael Meneses é fotojornalista e dono do selo Parayba Records! Contato: paraybarecords@hotmail.com Compartilhe!!