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Meinhof + Agrotóxico + Armagedom + Presto? + Hellsakura

Meinhof + Agrotóxico + Armagedom + Presto? + Hellsakura
(Inferno Club/SP – 05/12/2009)

Texto por Flavio El Loco

Beleza, beleza, adoro quando tenho oportunidade de conhecer bandas gringas novas e. quando me avisaram do show da Meinhof aqui no Brasil, saí na captura de informação da banda e logo achei o myspace.
Daí já comecei a escutar o hardcore dos caras e automaticamente já pirei em ver o show, “ansiosidade” máxima.
Bem o dia do show chegou e me mandei pro Inferno Club logo cedo, pois sempre rola uns bebes no buteco ao lado do clube.
Chegando fiquei meio preocupado, pois pouca gente estava na porta, que sux!!
Bem, aí lembrei que era o sábado com mais shows em Sampa deste ano. Tinha também The Casualties – Lobotomia & Grinders e Cólera & Garotos Podres, cada coisa num lugar diferente.
Ficamos no bar à espera do movimento, que infelizmente não veio como eu esperava, tanto que vacilei e perdi Hellsakura e parte do show do Presto?, quando me liguei entrei correndo e peguei algumas musicas.
Mas tava meio triste, pois com pouca gente, mesmo a banda fazendo seu melhor, tem hora que desanima e o show terminou morno embora tivesse acordado um pouco a platéia.
Veio o Armagedom e aí sim as coisas começaram a se aquecer. Foi muito bom rever a banda que está nervosa – como de costume -, e olha que estavam de vocal novo: “Thrash” assumiu os vocais há pouco tempo e não deixou nada a desejar dos antigos shows. Aliás muito pelo contrário, parece que como é o mais novo vem com uma dose extra de vontade e se empenhou pra porra no palco e pra ficar perfeito Thrash tem o visual do Armagedom, acho que a combinação esta ótima.
Na seqüência eu achava que veria o Agrotóxico, mas pra minha surpresa o Meinhof entrou no palco. A galera se agitou e com todos na frente do palco a banda iniciou bem timidamente o show e, pra piorar, alguns problemas no show deram um breque na parada.
Puxa será que tudo iria morrer na praia? O show recomeçou e pouco a pouco a banda foi ganhando o público e se soltando, pareciam muito nervosos de tocar no Brasil.
Mas Rosy tem uma performance muito boa, o guitarra deu um suporte fudido e o show começou a vingar e a galera a agitar.
Pra quebrar o gelo de vez, um briaco decidiu falar com a Rosy com um português de bebaço e ela muito gente boa tentou entender o mano que queria Sex Pistols. Depois de umas tentativas ela desistiu de entender o doido e tocou o show. Ele sai andando e dizendo: – É, Sex Pistols… num vai rolar… Foi bom demais a galera caiu na risada e isso descontraiu público e banda 100%.
O hardcore tava bem rápido e nessa altura com muita energia, Rosy apesar de pequenininha mandou bem. Ela só precisa saber reagir melhor com o público, mas com estrada eles pegam a coisa. Com o fim do show ficou claro que realmente eles tinham de tocar no meio, pra sentirem menos a pressão. Perfeito quem bolou ordem das bandas.
Hora do bicho pegar: Agrotóxico no palco e lá veio a cascata de energia que já está virando rotina.
Nada como levar a coisa com seriedade e perto do profissionalismo. Agrotóxico sempre tem shows fudidos e esse não foi diferente.
Fim de noite e vou fazer uma pequena avaliação:
1- Muito foda a iniciativa da Cospe Fogo de trazer uma banda gringa em ascenção. Cria um intercâmbio legal tanto pra eles como pra nós.
2- Se mais produtores fizerem isso e o público entender e comparecer nos shows, vamos se fixar como parte de um circuito de shows, fora de caminho como o Japão, mas bem interessante pros Europeus.
3- Isso pode empurrar os selos locais que podem lançar as bandas médias gringas e ter mais acervo, mesmo porque as bandas locais ainda tem muito a aprender.
4- Abre também um caminho inverso e tenho certeza que o pessoal do Meinhof ajudaria bandas como Agrotóxico, Armagedom e outros a tocar na Europa.
Ou seja, tudo de bom!
Só temos todos que continuar trampando por uma cena cada vez mais forte.

Deise Santos
Carioca, jornalista, produtora cultural, baixista e guia de turismo. Deise Santos é apaixonada por música - principalmente rock e suas vertentes -, literatura, fotografia, cinema, além de colecionadora - contida - de vinis. Pé no chão e cabeça nas nuvens definem a inquietude de quem está sempre querendo viajar, conhecer pessoas e culturas diferentes. Idealizadora do Revoluta desde seus ensaios com zines, blogs e informativos, a jornalista tem como característica a persistência em projetos que resolve abraçar.
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