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Elephantus: para quem tem curiosidade de ouvir um baião soturno e espacial


No EP de estreia, homônimo ao duo, ouve-se uma miscelânea uniforme que vai do metal, ao psicodélico e chega até a sonoridade nordestina

Matéria por Willian Schütz
Foto: Elephantus/Divulgação

Originário de Blumenau (SC), Elephantus é um duo de stoner/doom metal formado em 2019, por Marcelo Maus (guitarra e voz) e Andrei Mamde (bateria) que mistura referências que vão de metal, space rock à sonoridade do nordeste brasileiro. Em 2020, eles gravaram um EP ao vivo, finalizando e gravando todas as faixas em uma única noite. Assim surgiu Elephantus, homônimo ao grupo.
Esse primeiro EP foi produzido no Estúdio Mansão Wayne e teve lançamento digital na segunda metade de 2020, pelo selo Electric Funeral Records (RJ).

Com quatro músicas: duas instrumentais atmosféricas e duas com vocais, “Elephantus” conta a seguinte tracklist:
1 – “A Espinha Dorsal da Noite”;
2 – “No Rastro da Serpente”;
3 – “O Chamado da Floresta”;
4 – “Elefantíase Pineal”.

Enquanto as melodias têm um peso estonteante, as letras tratam de questões como a introspecção, a alma e a possível perda do controle de si mesmo – todas com metáforas sinestésicas. 
Entre as influências citadas, que moldaram esse primeiro lançamento de peso, é fácil se remeter a nomes como Black Sabbath, Deep Purple, passando por Mastodon, pairando sobre Zé Ramalho e chegando até um medalhão do metal nacional: Sepultura. Tudo isso forma uma massa orgânica de elementos pesados e psicodélicos e traz uma identidade única ao som do duo.
Realmente, é possível afirmar que, com toda essa miscelânea de estilos variados, Elephantus faz o som ideal para quem tem curiosidade de ouvir um baião soturno e espacial.
E para quem se ater mais aos detalhes, as pitadas de prog e a levada mais hardcore podem chamar ainda mais a atenção e despertar a curiosidade sobre o que virá nos próximos lançamentos.
Vale salientar que, como esquenta para o EP, foi lançado o single “No Rastro da Serpente”, que introduz bem à pegada da Elephantus. Ele, assim como o “extended play” encontram-se disponíveis nas principais plataformas digitais: basta uma busca rápida no Bandcamp, Spotify, Deezer ou no YouTube.

Willian Schütz
Willian Schütz é poeta e contista - autor dos livros "Insânia Mundana" e "Saudades do que não foi e voltará". Formando em Jornalismo, atualmente colabora no site Guia Floripa, na Assessoria de Imprensa da Fundação Cultural Badesc e no Portal CLG. Já passou pelo IFSC e pela SST. Além disso, é cineclubista de carteirinha e acompanha de perto a cena musical alternativa de Florianópolis.
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