O supergrupo australiano lançou “Holy Ground” no início deste ano e, desde então, a recepção tem sido boa, tanto da crítica, quanto do público mundial

Por Willian Schütz

Astros que se juntam para proporcionar viagens para além das estrelas. Ultrapassando as órbitas do rock n’ roll, o grupo The Dead Daises continua se reinventando e, já em 2021, lançou  “Holy Ground”, álbum que aborda uma temática distópica e tem claras referências à série Jornada nas Estrelas. Apesar da viagem, o lançamento tem repercutido de forma positiva no mundo inteiro.
Uma rápida busca nos sites de pesquisa traz incontáveis críticas e resenhas sobre a nova empreitada do grupo. A maioria, com boas avaliações. 
E não poderia ou não deveria ser diferente. A banda, formada em 2013, trata-se de uma seleção de roqueiros de renome e, propositalmente, tem grande rotatividade na formação.

Já passaram pela The Dead Daises: John Corabi, Marco Mendoza, Richard Fortus, Dizzy Reed, Frank Ferrer, Darryl Jones, Tommy Clufetos, Charley Drayton, Jon Stevens, entre outros. Fãs do gênero por certo reconhecem pelo menos alguns desses nomes, já que todos integraram grandes bandas.
Para o mais recente lançamento, a seleção de músicos contou com Glenn Hughes (vocal e baixo), Doug Aldrich (guitarra), David Lowy (guitarra) e Deen Castronovo (bateria).
“Holy Ground” foi lançado pela gravadora finlandesa Spinefarm Records. Já as gravações, conduzidas pelo produtor Ben Grosse, foram no La Fabrique Studio, localizado no sul da França.

Através do hard rock energético e das guitarras de alta voltagem, o álbum narra uma história na qual a Terra tornou-se inabitável.

Determinados a livrar a humanidade da extinção, os membros da The Dead Daisies formam uma tripulação e se juntam a uma frota de espaçonaves, que é liderada pela nave principal, chamada “Chosen and Justified”.
O nome da nave espacial é o mesmo do single de destaque do novo álbum. Na narrativa, seu objetivo é encontrar um novo mundo para habitar.
Já “Holy Ground” é como chama-se o planeta descoberto pela frota.
Claro, entre as letras das canções, muitas outras revelações são feitas. E descrevê-las mais seria spoiler.
Mas vale pontuar, que além disso, a história contada em “The Holy Ground” vai além da superficialidade: aborda questões como o crescente avanço tecnológico, a organização social e, por fim, a causa ambiental.

Na narrativa musical, a Terra tornou-se inabitável por conta do desgaste no meio ambiente. O cenário descrito é de seca e toda a vegetação do planeta é composta por cactos.
Tudo isso, descrito pela voz de Hughes, que intercala passagens aveludadas com refrões impactantes – o que pode impressionar, pois o vocalista, que já passou pelos medalhões Deep Purple e Black Sabbath, está beirando a casa dos 70 anos. 
Desde o lançamento, o álbum Holy Ground tem se destacado de um lado a outro deste planeta. O álbum explodiu nas paradas musicais e alcançou o status de Top 10 em todo o mundo e suas ondas sonoras devem estar alcançando até zonas desconhecidas da galáxia.

Tracklist de “Holy Ground’’:

1. “Holy Ground (Shake The Memory)”;
2. “Like No Other (Bassline)”;
3. “Come Alive”;
4. “Bustle And Flow”;
5. “My Fate”;
6. “Chosen And Justified”;
7. “Saving Grace”;
8. “Unspoken”;
9. “30 Days In The Hole”;
10. “Righteous Days”;
11. “Far Away”.

O álbum pode ser encontrado online em: www.thedeaddaisies.com/holyground.