RDP n’A Grande Roubada Räskuño by Deise Santos - novembro 13, 2010janeiro 23, 20180 RATOS DE PORÃO + Jason + Nuestro Sangre + Strip Club (Teatro Odisséia/RJ – 07/11/2010) Texto por Deise Santos Fotos por Denise Silva e Deise Santos Domingo. Horário de Verão. Calor quase infernal e as ruas do centro do Rio de Janeiro interditadas para gravações de duas produções hollywoodianas: Crepúsculo e Velozes e Furiosos. E daí? O que importava era que ao cair da noite iria rolar mais uma edição d’A Grande Roubada no Teatro Odisséia. A grande jogada da produção d’A Grande Roubada foi soltar um flyer triplo no início de outubro onde estava estampado o nome de três bandas históricas e polêmicas: Garotos Podres, Ratos de Porão e Jello Biafra and The Guantanamo School of Medicine. Três bandas, três datas entre outubro e novembro e muita expectativa. O primeiro da tríade ficou de fora da agenda do Revoluta infelizmente, mas nos outros dois estávamos lá. Ratos de Porão tem publico cativo e não adianta dizer que o tempo deles já passou. A banda é referência pra muita gente e prova disso foi ver o Teatro Odisséia, não lotado, mas cheio, mesmo sabendo-se que dois dias depois teria o show do Jello Biafra no mesmo endereço. Sim, algumas vezes o público do Rio é assim: “sacrifica” um show por outro. Mas o público presente fez uma linda festa. A noite começou com Nuestro Sangre e Strip Club, que infelizmente não conferimos, mas entramos a tempo de ver a banda Jason no palco. Uma viagem no tempo foi inevitável e a banda carioca soube preparar o público para o show do RDP, afinal boa parte dos presentes viveu a cena independente dos idos anos 90 e ouvir músicas dos álbuns “Odeia Eu” e “Eu Sou Quase Fã de Mim Mesmo”, fez muita gente pogar e cantar junto com o Vital e sua turma. Show extremamente divertido. Pausa para tomar um ar e em seguida sobe ao palco Boka, Jão, Juninho e, por último, João Gordo. Ratos de Porão começa sem papo e descarrega a sonoridade pesada, agressiva e rápida de músicas dos álbuns Guerra Civil Canibal e Onisciente Coletivo. Um ótimo começo! Em seguida vem “Atitude Zero”, “Descanse em Paz” e “Obrigando a obedecer”. Matador. Não dá tempo para o público respirar, nem quando o retorno do baixo parece deixar o Juninho na mão, a música para. Mais hardcore impossível! A pausa finalmente chegou, mas quem pensou que era para relaxar o público se engana. João Gordo comenta sobre o show que vai acontecer dois dias depois ali, naquele mesmo palco, e convida Mr. Jello Biafra para subir ao palco. Jello Biafra subiu ao palco, convidou o público a estar ali na terça-feira, foi ovacionado pelo público e a banda começou a introdução de “Insight”, erra, para e começa de novo. Pronto. A festa estava mais do que completa, com cereja no bolo e tudo mais. No final da música a banda inteira reverencia Mr. Jello e ele se despede com o comentário feliz do João Gordo: “Fudido! hahahaha”. O show dali pra frente foi mais insano ainda, a banda emendou com “Amazônia nunca mais”. Segunda pausa, a guitarra do Jão deu pau por um momento, mas logo depois foi dado um jeito e o show continuou com “Testemunhas do Apocalipse” e “Crucificados pelo Sistema”, entre outras. Show memorável e uma ótima forma de começar a semana. Compartilhe!!